quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Capoeira: de crime a orgulho

Olá amigos internautas, para colaborar aqui no Valorizando Raizes vou escrever um pouco sobre a Capoeira, uma dos maiores e mais importantes movimentos da cultura afro-brasileira. Apesar de muitas pessoas ainda acreditarem que a luta foi trazida da África para o Brasil pelos escravos, na verdade eles são mesmo os responsáveis, mas a criaram já em terras brasileiras, como forma de elevar o seu moral, transmitir a sua cultura e principalmente como forma de resistir aos seus escravizadores.

A capoeira como conhecemos hoje em dia se assemelha muito à uma espécie dança, graças aos movimentos acrobáticos e ensaiados de seus participantes. Mas em sua origem era utilizado como forma de defesa pessoal, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos, cotovelos, elementos ginástico-acrobáticos, e até mesmo golpes desferidos com bastões e facões.

Não se sabe ao certo a origem da palavra Capoeira, mas a versão mais comum aponta para uma origem da língua tupi, e refira-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Apesar de a palavra Capoeira ter aparecido pela primeira vez em 1577, ela ainda não era ligada à uma forma de luta. Somente em 1770 surgiu a primeira referencia escrita do termo referindo-se à luta.

Desde seu surgimento, os capoeiristas eram vistos como criminosos e foram caçados pelas autoridades por mais de 200 anos. Em 1890, um decreto lei introduziu a Capoeira no código penal da republica, e previa a prisão e deportação dos capoeiristas criminosos para o presídio de Fernando de Noronha e para a Colônia Correcional de Dois Rios na Ilha Grande.

A criação em 1928 do primeiro Código Desportivo de Capoeira, começa a traçar regras e a dar mais credibilidade à luta. Mas somente em 1940 que o Decreto 2848 instituiu o novo Código Penal Brasileiro. No mesmo não é citada a Capoeira. A partir desta data o uso da palavra "Capoeira" foi liberado.

Nos dias atuais não é nem preciso dizer que a maioria dos brasileiros se orgulha da nossa mais importante arte marcial, pela sua beleza nos movimentos e pelo contexto histórico que o cerca.

Candomblé: Conheça Iansã


A bela Iansã é a entidade que representa os ventos, ciclones, raios, tufões. Ela é a filha mais velha de Iemanjá e rainha das espadas de fogo. Ela faz uma interessante dualidade entre a calmaria e o fogo, a delicadeza e a violência. Essa entidade também representa a paixão violenta, além do desejo sexual impulsivo. Iansã pode ser representada pelos instintos, pelo emocional, pela integra completa e absoluta. A bela orixá também é a Senhora dos Cemitérios, guia das almas que se desprendem do corpo.

Candomblé: Conheça Ogum


O forte e poderoso Ogum, que traduzido para o português significa luta, força e batalha, é o Deus da guerra no Candomblé. Ele é a entidade referente ao movimento, ao choque e dos instintos mais primitivos e incontroláveis. Ogun é a entidade da detonação; ele representa o sangue que corre em nossas veias. Esse orixá também representa a dura jornada diária, a “ralação” do dia-dia. Mas nem tudo são flores. Ogun é conhecido por sua impiedade e radicalismo. Ele consegue alcançar a dualidade do bem e do mal.

Candomblé: Conheça Iemanjá


Além da rainha dos mares e senhora dos oceanos, a conhecida de todos Iemanjá, é considerada a mãe de quase todos os outro orixás. Ela é a senhora dos mares e protetora da família. A também conhecida como Deusa das Pérolas, é entidade que representa a união familiar e fraternidade. Ela é aquele que ampara os bebes na hora do nascimento e que protege a mulher durante a gestação. No sincretismo com a igreja católica Iemanjá é relacionada a Virgem Maria.

Conheça um pouco do Candomblé


A maior autoridade do Candomblé são as chamadas “mães de santo” e são escolhidas pelos próprios orixás, que se manifestam através dessas mães. A religião se baseia numa espécie de vocação natural de cada um para exercer determinada função dentro do Candomblé.
As chamadas roças são os lugares onde estão plantados todos os axés, onde os Orixás são cultuados pelos pais e mães de santo. Lá dentro se encontram os barracões, onde são realizados os rituais de oferendas aos deuses. Preconceituosamente, essas oferendas são, freqüentemente, chamadas de macumbas.

Os pais e mães de santo não trabalham sozinhos no Candomblé. Eles têm os chamados mãe e pai pequenos como braço direito durantes as cerimônias e rituais. Ainda existem outros “personagens” dentro do Candomblé, como é o caso dos Por último na hierarquia do Candomblé, mas não menos importantes, estão os Filhos de Santos. Em oferenda a uma entidade, os filhos de santos raspam seus cabelos.

Candomblé e o preconceito


Assim como diversos aspectos da cultura afro, a religião também sofreu muitos preconceitos ao longo da história e o Candomblé não é exceção. No período colonial o candomblé se “mascarava” para que os adeptos pudessem praticá-lo. Como forma de defesa, os escravos, seguidores da religião, criaram uma espécie de sincretismo entre o candomblé e o catolicismo. Os escravocratas do período colonial, não admitiam o Candomblé como religião e via os rituais negros como uma religião nociva. Um dos recursos usados pelos escravos foi associar orixás com santos da religião católica. Isso nós podemos observar até hoje, já que é sabida essa relação entre as entidades e os santos do catolicismo.

O responsável pelo preconceito que envolve o Candomblé nada mais é que pura e simples ignorância. Apesar do Brasil ter muitos adeptos e praticantes da religião, pouquíssimas pessoas conhecem o Candomblé a fundo. A grande maioria das pessoas ainda tem uma visão superficial e equivocada da religião.

Candomblé: da África ao Brasil


Essa religião que é originária da cidade de Ifé, na África e chegou ao Brasil trazida pelos africanos escravizados na época da colonização brasileira. O candomblé é uma religião repleta de preceitos que se baseiam na energia positiva e na força da natureza e tem como base da religião os orixás, que são arquétipos de determinada atividade. Eles representam as forças da natureza e seus fenômenos, como as chuvas, os raios, os trovões, as florestas e etc. Cada dia da semana é representado por um orixá e neste dia, os adeptos dessa religião homenageiam a entidade. Essú, Ògun, Osossì, Osanyin, Obalúaye, Òsúmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Oba, Ewa, Osun, Yemanjá, Logun Ede, Oságuian e Osàlufan são eles.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Na telinha!




A atriz Taís Araújo é a primeira protagonista negra de uma novela do horário nobre da Rede Globo. A moça interpreta a personagem Helena na novela Viver a Vida de Manoel Carlos. Enquanto isso, a estrela da novela das seis, da mesma emissora, é Camila Pitanga. Só dá elas!

Hoje o funk, ontem o samba


A sina da discriminação pelo batuque que vem dos morros corre décadas. Hoje glória nacional, o samba também viveu seus dias de pária. Se muito funkeiro já apanhou da polícia só por estar de tênis, boné e bermuda – a tríade dos funkeiros –, os sambistas do início do século XX também já enfiaram a viola no saco para se esquivar das autoridades. "Lá pela década de 1920, bastava andar com o violão na rua e você já ia preso, pois era considerado vagabundo. Ismael Silva passou um tempo na cadeia e João Baiana foi preso várias vezes por estar andando com seu pandeiro”, diz a professora da PUC-Rio, Giovanna Dealtry, que acaba de lançar o livro No fio da navalha – Malandragem na literatura e no samba (Casa da Palavra).

A volta do batidão



Após mais de um ano de molho, por conta de uma lei estadual que coibia sua realização, os bailes funk estão de volta. A lei foi revogada no início de setembro. Uma multidão de funkeiros acompanhou a votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. MC Leonardo, da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk), foi um dos mais atuantes. "Muita gente ainda confunde funkeiro com traficante. Justamente porque ele tem cor que não é a branca, tem classe que não é a dominante e tem moradia que não é no asfalto”.


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pontos fundamentais na Umbanda


Na Umbanda, um dos mais importantes fundamentos é o ponto cantado, cantigas em louvor aos Orixás e as linhas de entidades trabalhadoras. Estes pontos são como mantras que evocam determinadas energias, servem para trazer as entidades como para se despedir delas. Outro fundamento importante é o ponto riscado, desenhos feitos pelas Entidades em seus médiuns que podem ter diferentes significados.

Os rituais da umbanda


A umbanda trabalha com sete linhas, que são faixas de vibração espiritual, cada qual sendo representada e chefiada por um orixá. Seus seguidores obedecem a diversos rituais que incluem os banhos de ervas consideradas sagradas, defumações com incensos, o uso de velas, alimentos e de bebidas alcoólicas e os famosos passes, onde o médium utiliza a fumaça de seu charuto ou cachimbo, mantendo suas mãos postas, de frente para o consulente, realizando movimentos de cima para baixo, no intuito de neutralizar as más influências que porventura possa estar sofrendo o indivíduo que o consulta.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Black is beautiful!

No dia 5 de novembro, o Estilo PUC 2009 elegeu os alunos “mais estiloso” da universidade carioca. O resultado? A negritude dominou o evento. Gabriela Monteiro, Lívia Oliveira e Luana Santos ficaram com os três primeiros lugares do concurso.

1 º lugar: Gabriela Monteiro

2º lugar: Livia Oliveira

3º lugar: Luana Santos

Pela igualdade racial...





O fotógrafo italiano Oliviero Toscani criou uma série de campanhas publicitárias polêmicas para a marca italiana Benetton. Muitas das fotos fazem alusão ao racismo e fazem pensar sobre a busca da afirmação da igualdade entre as “raças”.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Umbanda não é macumba!


Mesmo depois de cem anos de existência, a Umbanda ainda é alvo de preconceitos e seus seguidores, vítimas de apelidos pejorativos, como " macumbeiros". No entanto, é correto usar o termo "macumba" somente para seitas que praticam feitiçaria ou magia. A Umbanda é uma religião de cunho espiritualista, que une características de crenças indígenas, indianas, africanas, kardecistas e até elementos do cristianismo, já que prega a caridade e o auxílio ao próximo.

A Umbanda é fluminense


Pouca gente sabe, mas a Umbanda surgiu em Neves, perto da cidade de Niterói (RJ), no ano de 1908. Seu criador, Zélio Fernandino de Moraes, tinha 17 anos quando se curou sozinho de uma paralisia e foi encaminhado a um centro espírita por um amigo da família. Em sua primeira sessão, encarnou uma entidade indígena e, por esse motivo, foi expulso da mesa de orações. Assim, formou a sua própria religião ajudado por essa entidade, que ficou conhecida como Caboclo das Sete Encruzilhadas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A África é aqui!


Em agosto desse ano, o Rio de Janeiro, mais especificamente a Estação Leopoldina, recebeu o festival Back2Black. Foram três dias de conferências e manifestações políticas-culturais sobre a África e, claro, sua relação com o Brasil.

O local foi todo decorado com mapas, textos e fotos africanas. No palco, shows de Gilberto Gil, seguido da apresentação do cantor e percussionista senegalês Youssou N´Dour com a participação de Marisa Monte.

Detalhe bacana: o festival foi documentado e dará origem ao Back2Black Manifesto que contará com livro, exposição e documentário.


Black Power


Barack Obama, quadragésimo quarto e atual presidente dos Estados Unidos foi o primeiro negro a ser eleito presidente estadunidense. Michelle Obama é a quadragésima sexta primeira-dama dos EUA e a primeira afrodescendente a ocupar o cargo.

Como toda primeira dama que se preze, Michelle Obama agora é referência de beleza e estilo. O guarda-roupa da americana, por exemplo, virou assunto favorito entre os fashionistas de plantão. Em tempo: Michelle estampou a capa da edição de março da revista Vogue - espaço antes concedido apenas a Hillary Clinton.

Deusa do Ébano


A top Naomi Campbell participou do desfile do Ilê yde 2007.